Vida Tempo, poema de Viviane Mosé

Eu acho que a vida anda em mim...

Mal-Estar... Mau Está!

Foto: Tácio Pimenta

Um dia você descobre que aquilo que você acreditava ser sua fortaleza era, na verdade, um castelo de areia erguido numa cidade de gelo...

Carta Aberta à Comunidade Acadêmica - Eleição DCE - UNIVASF

Carta aberta à Comunidade Acadêmica da UNIVASF e à sociedade em geral

“Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem” (Rosa Luxemburgo)

 

Chegamos ao fim de mais um processo eleitoral para a composição da diretoria do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UNIVASF. Encerrada às 10h desta quarta-feira, 21, a apuração, que ainda será divulgada oficialmente pela Comissão Eleitoral, apresentou o seguinte cenário:

Urnas	Chapa “Da Unidade vai nascer a Novidade” (Chapa 1)	Chapa Ação (Chapa 2)
Artes Visuais e Ciências Sociais	12	66
Eng. Agrícola, da Computação e Elétrica	87	144
Eng. de Produção, Mecânica e Civil	64	158
Administração e Ed. Física	180	39
Psicologia e Enfermagem	76	151
Medicina e Ciências Farmacêuticas	29	80
Arqueologia e Preservação Patrimonial, e Ciências da Natureza	90	12
Ciências da Natureza	67	2
Medicina Veterinária	Impugnada	Impugnada
Zootecnia, Engenharia Agronômica e Ciências Biológicas	Impugnada	Impugnada
TOTAL	605	652

                                                                          

O Campus de Ciências Agrárias (Burrinho), dos cursos de Ciências Biológicas, Engenharia Agronômica, Zootecnia e Medicina Veterinária, onde a CHAPA AÇÃO (Chapa 2) foi recebida com grande entusiasmo, assistiu ao não cumprimento do horário estabelecido no regimento eleitoral (das 8 às 17h). Nos dois dias de eleição, segunda e terça, as urnas foram abertas depois das 13h, comprometendo a participação dos discentes no turno matutino. Como se já não bastasse isso, na tentativa de participar do processo eleitoral, três estudantes encontraram assinaturas que não eram as suas na lista de votantes, configurando a prática de falsidade ideológica.

 

Além desta, apresentamos outras três justificativas para solicitar à Comissão Eleitoral a impugnação das eleições em curso, reiniciando- as em data prevista pelo Conselho de Entidades de Base (CEB). Mas só após a apuração da sexta urna (ADM/Ed. Física) foi que os recursos começaram a ser apreciados. Resultado: as quatro justificativas foram desqualificadas pela Comissão Eleitoral, as urnas do Campus de Ciências Agrárias foram impugnadas e a CHAPA AÇÃO (2) foi “descartada”, termo utilizado para nomear os votos computados para a Chapa 2. Sugerimos Mesmo assim, continuamos acompanhando o processo de apuração das demais urnas.

 

Desde o início, inconfidentes à procura da nossa independência, guiamo-nos pelo sentimento de promover uma movimentação que nos libertasse definitivamente das correntes do aparelhamento político-partidá rio. Ao inscrever a CHAPA AÇÃO, tínhamos a oportunidade de construir as bases de um processo eleitoral nunca antes visto na história do movimento estudantil da UNIVASF. E a expectativa do que poderia acontecer a partir da disputa entre duas chapas, obrigou-nos a subverter nossos próprios valores. Na necessidade regimental de ter uma pessoa de cada Campus em nossa Chapa, e sem tempo hábil para estabelecer essa articulação, tivemos de inscrever duas pessoas sem a devida documentação: o representante de São Raimundo Nonato e a representante de Senhor do Bonfim. Uma das pessoas que compõe a nossa chapa, natural de Bonfim, sugeriu que inscrevêssemos Ana Cláudia para representar esse Campus. Ficou deliberado que ela seria contatada o mais depressa possível. Ao estabelecer esse contato, tivemos de substituí-la por Marta, já que o namorado de Ana Cláudia apoiava a Chapa 1.

 

No material de divulgação da CHAPA AÇÃO, produzido um dia depois da inscrição da Chapa, a Secretaria de Integração V está representada por Marta. O único detalhe nisso tudo foi que, por mera displicência, esquecemos de requerer à Comissão Eleitoral a substituição de Ana Cláudia por Marta até a data de homologação das chapas. Desde já, pedimos a Ana Cláudia que nos perdoe por todo o constrangimento causado pela nossa falta de maturidade eleitoral. E, mais uma vez, esclarecemos que o nome dela não foi utilizado no material de divulgação da chapa. Diferentemente das três pessoas que entraram com um requerimento pedindo à Comissão Eleitoral que acionasse a Chapa “Da Unidade vai nascer a Novidade” sobre a utilização indevida de seus respectivos nomes no panfleto distribuído pela Chapa 1, sob o título de “Quem faz o movimento ‘Da Unidade vai nascer a Novidade’”.

 

Pela gravidade dos motivos apresentados anteriormente, pedimos a impugnação (cancelamento) do processo eleitoral para a diretoria do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a convocação imediata do Conselho de Entidades de Base (CEB) para deliberar sobre um novo regimento eleitoral. É inadmissível aceitar passivamente um processo eleitoral marcado pela falta de lisura, transparência e participação, algo que compromete a cultura política da Universidade e a experiência democrática de nossa sociedade.

Estaremos passando um Abaixo-assinado em todos os campus da univasf pela impugnação do processo eleitoral para a diretoria do diretório central dos estudantes (DCE) !

Agradeçemos e contamos com o apoio e participação de tod@s estudantes que estão indignad@s com esse processo eleitoreiro!

Desprendimento...

 Foto: Tácio Pimenta

"O desprendimento é elemento essencial do amor. Só quando se sabe abstrair de si mesmo, e não se procura constantemente o elogio e o apreço por parte dos outros é que se é capaz de partilhar a vida de outra pessoa. Isto pressupõe um certo nível de amadurecimento e de independência, já que é necessário ter-se aceitado a si próprio antes de poder fazê-lo com outra pessoa."

(Jutta Burggraf, in O desafio do amor humano)

Vendada ou Vendida?!

Na mitologia grega, Thémis, filha dos deus Urano (Céu) e de Gaia (Terra),  é a deusa da Justiça. Esposa e conselheira de Zeus, o deus supremo, possui uma sabedoria invejável. Thémis é também a guardiã dos juramentos dos homens, criou as leis, ritos e oráculos, os quais, quando preferidos por ela tinham de ser obrigatoriamente seguidos por todos os homens e deuses, sem exceções.

Diké, deusa filha de Thémis, tinha sua imagem como uma das representações da Justiça na Grécia. Sua figura aparecia de olhos bem abertos, segurando uma espada (representando a força) e uma balança (a ponderação) sem o fiel.

Outra forma de representação da Justiça é a deusa romana Ivstitia, também munida de uma balança, com o fiel ao meio, porém aparece com os olhos vendados.

Mas afinal, qual o significado de ter os olhos vendados ou não?!

Uma interpretação possível para este fato, é que a justiça teria os olhos bem abertos para todos os detalhes relevantes para que a lei seja devidamente aplicada.

A venda veio depois, com a deusa romana, propondo a imparcialidade e objetividade, tratando à todos sem distinções quaisquer.

Porém, o que mais se ouve pelos "quatro cantos do mundo" é que a Justiça é cega...

E então?!

Qual será o significado efetivo destes olhos vendados?!

A lei é realmente igual para todos?!

Eu, particularmente, não saberia dizer...

Se é por demais difícil "manter o que se prometeu", é porque é muito difícil "não prometer senão o que se está certo de poder dar".

[Gaston Courtois]

 

Fonte para base do texto: Ministério da Justiça
Fonte da imagem: Internet

Anne Barreto, 21/04/10

Lá é meu doce Lar!

Qual a diferença entre casa e lar?

Por que a frase é "lar, doce lar!"? 

E não "casa, doce casa!"?

Eu sei!

Mas falta-me palavras para descrever...

Mas vou tentar.

Particularmente, tenho duas casas, e vários lares!

Lar é o lugar onde você se sente em casa!

Oxe, mas como isso?!

Pois... Isso mesmo!

Mas tem aquele lar que é insubstituível, aquele lar que mesmo que fosse debaixo da ponte seria um lar doce lar!

Ah, quer saber?!

Eu vou é pra lá!

Anne Barreto, 20/04/10

Amigo e/ou Amizade?

. 

Você sabia que existe o Dia do Amigo (18 de abril) e o Dia da Amizade (20 de Julho)?

Bom, o primeiro comemora-se no Brasil. O segundo, no mundo.

O que significa amizade, afinal?!

E, o que é ser amigo, então?!

Existem critérios para entrar nessas categorias?

Segundo o Dicionário inFormal, AMIZADE é:

"Sentimento de simpatia recíproca entre duas ou várias pessoas independente de um vínculo sexual ou de parentesco".

"Uma espécie de semelhança entre pessoas, um ser que seguirei até o exílio, que defenderei com todas as minhas forças, é uma disposição permanente que decorre de uma escolha livre e recíproca".

 Fruto do hábito e da vontade, a amizade, segundo Aristóteles -- que a eleva à categoria de virtude -- é uma disposição permanente que decorre de uma escolha livre e recíproca. Além disso, o outro é amado por ele próprio e não por um cálculo mais ou menos egoísta. Aristóteles desqualifica as amizades estabelecidas com base na utilidade ou simples prazer.

Esta concepção muito forte da amizade encontra-se em Montaigne: "Na verdadeira amizade, diz ele, dou-me ao meu amigo mais do que dele quero para mim". Sob esta forma, a amizade é considerada desde a Antiguidade como a própria expressão da felicidade.

[Fonte: Dicionário inFormal] 

Basta saber agora, se essa dedicação toda acontece de forma recíproca. Já que a amizade é relação, e segundo Aristóteles e outros filósofos:

"relação é uma ordenação intrínseca de uma coisa em direção a outra", do latim "Ordo ad aliquid".

Ou ainda, segundo Pedrinho Gareschi:

"Relação é uma coisa que não pode existir, que não pode ser sem que haja uma outra coisa para completá-la. Mas essa "outra coisa", fica sendo parte essencial dela". 

Em outras palavras, para que haja uma relação são necessárias, pelo menos, duas partes, porém estas não deixam de ser entidades à parte, não deixam de existir isoladamente. A relação depende delas, mas elas não dependem uma da outra.

E virtude, o que seria?

Cenas para um próximo capítulo...

Anne Barreto, 19/04/2010

A efemeridade das relações tem me cansado...

 .

Isso mesmo...

A efemeridade das relações tem me cansado!

Não só a efemeridade, mas a velocidade com que as relações têm passado por mim. Quando achamos que algo novo está acontecendo, que veio pra ficar, eis que surge um outro algo novo. Então, que tal juntar essas duas novidades?!

Bom, tarde demais! Aquele algo novo, lembra? Que havia chegado agora há pouco...já não mais está! Sofreu uma pequena mutação e tornou-se (quase) irreconhecível. 

E distante...

Bom, então o jeito é me contentar com o segundo algo novo que surgiu na minha vida!! Ora! Mas cadê?!

Já foi?! 

Não creio!

Tava bem aqui agorinha!

Bom...é mais ou menos assim!

É justamente isso que tem me cansado. Não estou falando de relacionamentos afetivo-amorosos (apenas)!

Falo de relações num geral!

Principalmente quando se trata de amizade...

Mas aí já são outros 500...

Falando nisso, espera aqui, já volto. Vou ver o que é aquilo ali. 

Parece, ou melhor, parecia algo (de) novo...

Cheguei tarde...

Seria isso o tal mal-estar na modernidade?!

Talvez...

Quem sabe...

Afinal, amar ao próximo é assim mesmo, tão demodé?!

Anne Barreto

Eleição, do latim "electione", significa o ato de escolher.

Como N.A.D.A. que sou, expresso aqui minha opinião sobre a eleição do DCE - UNIVASF.


Sempre me posicionei de forma neutra em todas as eleições da UNIVASF, seja colegiado, reitoria, DCE, outros DAs, sem tomar partido de quem quer que fosse. Porém, sempre dizendo aos estudantes que se deve refletir sobre cada eleição dessas, analisar cada candidato, e que é direito de cada um apoiar ou não esse ou aquele candidato, tomando partido do processo em si, tomando partido do estudante.

É de extrema importância essa eleição do DCE, e espero que aconteça de forma saudável, principalmente por haver, pela primeira vez, duas chapas (opostas!), possibilitando uma reflexão crítica, que também é papel da academia na formação humana de cada um de nós.

Em outubro tem eleição para presidência do Brasil.

Sim, mas, o que isso tem a ver com a eleição do DCE??!?

Tem a ver que é eleição, que será eleito aquele que a maioria escolheu para representar todo um povo/uma comunidade. E que como toda e qualquer eleição deve ser muito bem pensada e pesada. Pesam-se os dois (ou mais) lados.

Apesar de ser em menor escala, a eleição do DCE não deixa de ser importante, o quão importante é a eleição para presidente do Brasil.

É nessa menor escala que se planta a sementinha da formação crítica em cada estudante/cidadã o. É nela que é alimentada a formação política de cada um.

Frisando-se sempre que política é diferente de politicagem.

E que se deve conhecer as propostas de todos os lados, analisá-las e ponderá-las.

Lembrar também, que com a existência de um outro lado, a cobrança em cima daquele que "ganhar" será maior, e espera-se que de forma efetiva e construtiva.

Uma oposição dentro da política traz muitas contribuições!

Independente de quem "ganhar" essa eleição, diretórios e centros acadêmicos devem seguir juntos, como representação estudantil que são.

D.A.s, C.A.s, D.C.E são entidades ESTUDANTIS, formada por ESTUDANTES, em prol dos direitos e necessidades dos ESTUDANTES.

Bom trabalho a tod@s!

Saudações estudantis!

Anne Barreto, 17/04/2010

Pra refletir...

“O que o Brasil precisa não é de combate a política, mas sim de combate a politicagem e os politiqueiros e seus descendentes. O Brasil precisa de uma política anti-politicagem.” (Luan Borges)


“Política e politicagem são coisas distintas? Sim! Política é fazer do poder um instrumento para alcançar o bem comum; politicagem é instrumentalizar o poder em benefício próprio à custa do bem comum. Política é serviço; politicagem é crime.” (Antonio Paiva Rodrigues)






“Os políticos são um reflexo de seu povo, o que é a mais pura verdade. O poder dado a uma pessoa é dado pelo povo. E cabe ao povo cobrar o que é feito, e se é feito. Prometeu e não cumpriu, pisou na bola? Não vota mais no cidadão. Tire o poder dele. E acima de tudo, tenha consciência ao votar. Não aceite troca de votos, não venda o seu voto. Conheça em quem vai votar. Importantíssimo: lembre em quem votou, pra poder cobrar depois.” (Bruno Pedrassani)










“O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam.” (Arnold Toynbee, historiador britânico, 1889-1975)