Hoje alguém listando algumas coisas capazes de nos deixar feliz. Dentre estas, citou o pôr-do-sol no verão.
Se este for mesmo um momento de felicidade, caso alguém esteja precisando de uma dose desta substância mágica, capaz de causar alterações em vários aspectos humanos, sejam físicos e/ou psicológicos, pode propiciá-lo fazê-lo diariamente, sem ter que esperar necessariamente pelo verão.
Porém, isso não é um privilégio de todos, pois, apesar de o Sol nascer para todos, o pôr-do-sol mais bonito do mundo só existe em um lugar.
Não que eu conheça muitos lugares, e seus fins de tarde, mas conheço alguém (=D) que conhece um monte de lugar nesse mundão de meu Deus que diz, que nem o pôr-do-sol do Cairo ganha da beleza do fim de tarde no Vale do são Francisco, Sertão Nordestino, Brasil!!
Ele pode ser admirado em qualquer época do ano, conseguindo ficar belíssimo até mesmo em dias nublados. Qualquer "brechinha" que os raios solares encontrem através das nuvens, eles são capazes de "pintar" uma verdadeira obra de arte nos céus do Sertão.
Mais bonito que isso, só quando a Lua cheia se faz presente, logo após esse momento a leste...
“Será mesmo, realmente
Amarelo o sol, e azul o céu?
Por que não ser lilás, vermelho
Ou quem sabe seja apenas som?”
Com toda licença, vou (re)postar aqui uma texto meu do dia 19 de abril do corrente ano.
Muita coisa mudou de lá pra cá, meu conceito de amizade apenas se fortaleceu, assim como os laços antigos e novos foram feitos!
Aproveito para colocar aqui também, um comentário muito importante...
Fabrício Franco disse... Preocupa-me amizade enquanto doação. Não é saudável. Força-se uma entrega na esperança que teremos algo de mesma monta de volta. Quase nunca. Doação é doação, sem encargos. Só que não pensamos assim, queremos recompensa. Entregamo-nos na espera de que sejamos recompensados na mesma medida. Não seremos. Se somos, é sorte, é trevo de quatro folhas no caqueiro da sal, bilhete premiado de loteria. Não estou sendo pessimista, apenas alerto para o fato inescapável de que somos, desde o primeiro sono, únicos. Nessa unicidade, como diz as suas outras definições, somos entidades completas. A relação só é salutar enquanto se estabelece entre entidades completas, na completude. Se não for assim, é dependência, comensalismo, ou em situações drásticas - parasitismo. Amizade, a meu ver, tem que ter porteiras abertas. A entrada é facultada; a saída, livre.19 de abril de 2010 14:17
E como fiz naquele mesmo dia, vou frisar sua última frase...
"A entrada é facultada; a saída, livre."
.
Você sabia que existe o Dia do Amigo (18 de abril) e o Dia da Amizade (20 de Julho)?
Bom, o primeiro comemora-se no Brasil. O segundo, no mundo.
O que significa amizade, afinal?!
E, o que é ser amigo, então?!
Existem critérios para entrar nessas categorias?
Segundo o Dicionário inFormal, AMIZADE é:
"Sentimento de simpatia recíproca entre duas ou várias pessoas independente de um vínculo sexual ou de parentesco".
"Uma espécie de semelhança entre pessoas, um ser que seguirei até o exílio, que defenderei com todas as minhas forças, é uma disposição permanente que decorre de uma escolha livre e recíproca".
Fruto do hábito e da vontade, a amizade, segundo Aristóteles -- que a eleva à categoria de virtude -- é uma disposição permanente que decorre de uma escolha livre e recíproca. Além disso, o outro é amado por ele próprio e não por um cálculo mais ou menos egoísta. Aristóteles desqualifica as amizades estabelecidas com base na utilidade ou simples prazer.
Esta concepção muito forte da amizade encontra-se em Montaigne: "Na verdadeira amizade, diz ele, dou-me ao meu amigo mais do que dele quero para mim". Sob esta forma, a amizade é considerada desde a Antiguidade como a própria expressão da felicidade.
[Fonte: Dicionário inFormal]
Basta saber agora, se essa dedicação toda acontece de forma recíproca. Já que a amizade é relação, e segundo Aristóteles e outros filósofos:
"relação é uma ordenação intrínseca de uma coisa em direção a outra", do latim "Ordo ad aliquid".
Ou ainda, segundo Pedrinho Gareschi:
"Relação é uma coisa que não pode existir, que não pode ser sem que haja uma outra coisa para completá-la. Mas essa "outra coisa", fica sendo parte essencial dela".
Em outras palavras, para que haja uma relação são necessárias, pelo menos, duas partes, porém estas não deixam de ser entidades à parte, não deixam de existir isoladamente. A relação depende delas, mas elas não dependem uma da outra.
Em meio às tristezas causadas pelas enchentes no Nordeste, algumas pessoas (muitas) de todo o país se sensibilizam e contribuem com a população das cidades atingidas da forma que podem. Entretanto, existem aqueles que, sinceramente, não achei nem uma forma para descrever...
Segue a reportagem, que para mim, chega a ser, no mínimo, chocante!
Nacional // crime virtual
Usuários do Orkut discriminam vítimas das enchentes no Nordeste; MP vai investigar
Publicado em 07.07.2010, às 15h03
Paulo FloroDo JC Online
No momento em que o País faz uma mobilização para ajudar as vítimas das enchentes em Alagoas e Pernambuco, um grupo de internautas decide deflagrar ódio em uma comunidade no site de relacionamentos Orkut. "Acho que os cabeçudos vão vir em massa pra SP, to muito preocupada com isso" (sic), diz Julia Schemman, uma das usuárias de uma comunidade aberta para reunir pessoas intolerantes aos nascidos no Nordeste. As discussões começam a ganhar repercussão em outra rede social, o Twitter, onde membros pedem que seja denunciado esse tipo de discriminação. A contenda chegou, por fim, ao Ministério Público, que vai investigar o caso, e avisa: A prática é crime e pode dar de 1 a 3 anos de cadeia.
Julia Schellman, que abriu o tópico "Enchentes no Nordeste", é uma das moderadoras, usuário reponsável por gerir a comunidade no Orkut. A partir de seu comentário, diversos outros se seguiram, todos com a mesma ideia de que, com a tragédia das chuvas, mais nordestinos emigrarão para São Paulo e outras cidades no Sudeste. "Eles vão falar que perderam tudo na terra deles e vão procurar alguma beira de córrego em SP para construir barraco ou virar mendigos no centro da cidade", disse Thiago Luiz logo em seguida. Um perfil que atende por Thomas Rebel foi mais explícito. "Seria bom se todos eles morressem na enchente, afinal nordestino é um animal q não sabe nadar".
Segundo a Lei 7.716, de 5 de janeiro de 1989, conhecida como Lei Anti-Discriminaçã o, é crime qualquer tipo de preconceito contra a procedência nacional. A pena é de 1 a 3 anos de prisão, além de multa. O mesmo texto ainda prevê punições para quem discriminar por causa da etnia, cor, raça ou religião. Um determinado trecho diz respeito ao que está acontecendo no Orkut. "Praticar, induzir ou incitar, pelos meios de comunicação social ou por publicação de qualquer natureza".
O Ministério Público de Pernambuco, questionado pelo JC Online sobre o caso, afirmou que irá pedir ao Google, responsável pelo Orkut, que retire a página do ar. Também irá ingressar em juízo uma ação de reparação contra esse crime. "Esta é uma forma de violência e todos que participam dela respondem por apologia ao crime", disse o promotor José Lopes de Oliveira Filho, que atua na investigação de crimes cibernéticos. "O problema é que muitos se valem do anonimato da internet para a prática de racismo e preconceito. A nossa lei ainda é muito branda para fatos como esse; estamos pelo menos 20 anos atrasados aos países europeus", contou.
O Orkut tem um histórico de colaborar com a Justiça em casos que envolvem crimes praticados pela página. O site também disponibiliza uma ferramente que permite aos usuários denunciarem abusos como racismo e outros crimes. O MPPE vai analisar o que já foi postado, mas aconselha que os que se sentiram lesados salvem as páginas no computador, com o registro do dia e hora em que acessaram. "Como esse crime atinge um grupo amplo, o Ministério deve entrar com uma ação penal pública incondicionada" , adiantou. CHEIAS - Os temporais que atingiram cidades de Alagoas e Pernambuco no último mês de junho mataram 57 pessoas. Nos dois Estados, são 95 municípios afetados e mais de 157 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas.
Ninguém na comunidade aceitou falar com a reportagem. São perfis públicos, que não se assemelham a contas falsas usadas para postar comentários anônimos. São pessoas reais. "Eles deviam aproveitar que alagou tudo por lá e nadar um pouquinho", publica um usuário. Um outro retruca. "Mas o que seria mais sujo, a água da enchente ou os nordestinos" ?