"Um universo inteiro cabe dentro de um grão de areia..."

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amigos... Amigos... Amizades!

Com toda licença, vou (re)postar aqui uma texto meu do dia 19 de abril do corrente ano.
Muita coisa mudou de lá pra cá, meu conceito de amizade apenas se fortaleceu, assim como os laços antigos e novos foram feitos!

Aproveito para colocar aqui também, um comentário muito importante...

Fabrício Franco disse... Preocupa-me amizade enquanto doação. Não é saudável. Força-se uma entrega na esperança que teremos algo de mesma monta de volta. Quase nunca. Doação é doação, sem encargos. Só que não pensamos assim, queremos recompensa. Entregamo-nos na espera de que sejamos recompensados na mesma medida. Não seremos. Se somos, é sorte, é trevo de quatro folhas no caqueiro da sal, bilhete premiado de loteria. Não estou sendo pessimista, apenas alerto para o fato inescapável de que somos, desde o primeiro sono, únicos. Nessa unicidade, como diz as suas outras definições, somos entidades completas. A relação só é salutar enquanto se estabelece entre entidades completas, na completude. Se não for assim, é dependência, comensalismo, ou em situações drásticas - parasitismo. Amizade, a meu ver, tem que ter porteiras abertas. A entrada é facultada; a saída, livre.19 de abril de 2010 14:17


E como fiz naquele mesmo dia, vou frisar sua última frase...
"A entrada é facultada; a saída, livre."



Você sabia que existe o Dia do Amigo (18 de abril) e o Dia da Amizade (20 de Julho)?
Bom, o primeiro comemora-se no Brasil. O segundo, no mundo.
O que significa amizade, afinal?!
E, o que é ser amigo, então?!
Existem critérios para entrar nessas categorias?

Segundo o Dicionário inFormal, AMIZADE é:

"Sentimento de simpatia recíproca entre duas ou várias pessoas independente de um vínculo sexual ou de parentesco".

"Uma espécie de semelhança entre pessoas, um ser que seguirei até o exílio, que defenderei com todas as minhas forças, é uma disposição permanente que decorre de uma escolha livre e recíproca".
 Fruto do hábito e da vontade, a amizade, segundo Aristóteles -- que a eleva à categoria de virtude -- é uma disposição permanente que decorre de uma escolha livre e recíproca. Além disso, o outro é amado por ele próprio e não por um cálculo mais ou menos egoísta. Aristóteles desqualifica as amizades estabelecidas com base na utilidade ou simples prazer.
Esta concepção muito forte da amizade encontra-se em Montaigne: "Na verdadeira amizade, diz ele, dou-me ao meu amigo mais do que dele quero para mim". Sob esta forma, a amizade é considerada desde a Antiguidade como a própria expressão da felicidade.

[Fonte: Dicionário inFormal] 


Basta saber agora, se essa dedicação toda acontece de forma recíproca. Já que a amizade é relação, e segundo Aristóteles e outros filósofos:
"relação é uma ordenação intrínseca de uma coisa em direção a outra", do latim "Ordo ad aliquid".
Ou ainda, segundo Pedrinho Gareschi:
"Relação é uma coisa que não pode existir, que não pode ser sem que haja uma outra coisa para completá-la. Mas essa "outra coisa", fica sendo parte essencial dela". 

Em outras palavras, para que haja uma relação são necessárias, pelo menos, duas partes, porém estas não deixam de ser entidades à parte, não deixam de existir isoladamente. A relação depende delas, mas elas não dependem uma da outra.

E virtude, o que seria?

Cenas para um próximo capítulo...

Anne Barreto, postado em 19/04/2010
(re)postado em 20/07/2010

4 comentários:

Obrigada! =]