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Bom, o primeiro comemora-se no Brasil. O segundo, no mundo.
O que significa amizade, afinal?!
E, o que é ser amigo, então?!
Existem critérios para entrar nessas categorias?
Segundo o Dicionário inFormal, AMIZADE é:
"Sentimento de simpatia recíproca entre duas ou várias pessoas independente de um vínculo sexual ou de parentesco".
"Uma espécie de semelhança entre pessoas, um ser que seguirei até o exílio, que defenderei com todas as minhas forças, é uma disposição permanente que decorre de uma escolha livre e recíproca".
Fruto do hábito e da vontade, a amizade, segundo Aristóteles -- que a eleva à categoria de virtude -- é uma disposição permanente que decorre de uma escolha livre e recíproca. Além disso, o outro é amado por ele próprio e não por um cálculo mais ou menos egoísta. Aristóteles desqualifica as amizades estabelecidas com base na utilidade ou simples prazer.
Esta concepção muito forte da amizade encontra-se em Montaigne: "Na verdadeira amizade, diz ele, dou-me ao meu amigo mais do que dele quero para mim". Sob esta forma, a amizade é considerada desde a Antiguidade como a própria expressão da felicidade.
[Fonte: Dicionário inFormal]
Basta saber agora, se essa dedicação toda acontece de forma recíproca. Já que a amizade é relação, e segundo Aristóteles e outros filósofos:
"relação é uma ordenação intrínseca de uma coisa em direção a outra", do latim "Ordo ad aliquid".
Ou ainda, segundo Pedrinho Gareschi:
"Relação é uma coisa que não pode existir, que não pode ser sem que haja uma outra coisa para completá-la. Mas essa "outra coisa", fica sendo parte essencial dela".
Em outras palavras, para que haja uma relação são necessárias, pelo menos, duas partes, porém estas não deixam de ser entidades à parte, não deixam de existir isoladamente. A relação depende delas, mas elas não dependem uma da outra.
E virtude, o que seria?
Cenas para um próximo capítulo...
Anne Barreto, 19/04/2010
Preocupa-me amizade enquanto doação. Não é saudável. Força-se uma entrega na esperança que teremos algo de mesma monta de volta. Quase nunca. Doação é doação, sem encargos. Só que não pensamos assim, queremos recompensa. Entregamo-nos na espera de que sejamos recompensados na mesma medida. Não seremos. Se somos, é sorte, é trevo de quatro folhas no caqueiro da sal, bilhete premiado de loteria. Não estou sendo pessimista, apenas alerto para o fato inescapável de que somos, desde o primeiro sono, únicos. Nessa unicidade, como diz as suas outras definições, somos entidades completas. A relação só é salutar enquanto se estabelece entre entidades completas, na completude. Se não for assim, é dependência, comensalismo, ou em situações drásticas - parasitismo. Amizade, a meu ver, tem que ter porteiras abertas. A entrada é facultada; a saída, livre.
ResponderExcluirGostei dessa conclusão!
ResponderExcluir"A entrada é facultada; a saída, livre."
;)
amigaaaaa...
ResponderExcluiressa "coisa" é tão "coisada" entre nós.
=)
bjoooooo
te amooo
Tb te amo Cazinha!!
ResponderExcluirMinha coisinha bunitinha!
=)